Brasil é o maior mercado estudantil da América Latina

 Brasil é o maior mercado estudantil da América Latina

 

Com 22,6 milhões de vagas em cursos de graduação oferecidas em 2021 e quase nove milhões de alunos matriculados, o Brasil é hoje o maior mercado estudantil da América Latina. De olho nestes números, divulgados no Censo da Educação Superior 2021 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), universidades estrangeiras realizam trabalhos recorrentes para se apresentar como alternativa de formação superior. É o caso da Bedforshire, universidade do Reino Unido, que enviou um representante ao Brasil pela primeira vez para encontros com estudantes brasileiros.

“Além do potencial número de possíveis alunos, O Brasil impressiona pela maneira de expressar criatividade e paixão em tudo que fazem” fazem. Além disso, o aluno brasileiro é esforçado e interessado”, afirma Liam Stott, recrutador internacional da Bedforshire. Ele esteve no país para participar de ações com estudantes brasileiros. “Hoje a universidade recebe muitos alunos internacionais e a ideia é continuar diversificando. “Há muitos alunos vindos da África e Ásia. Chegou a hora de receber mais alunos do Brasil”, afirma Stott.

De acordo com a Belta (Associação de Agências de Intercâmbio do Brasil), o Reino Unido é o terceiro destino mais procurado por alunos brasileiros para intercâmbio. De acordo com a Associação, isso se deve, principalmente, pelo controle da Covid-19. Outra grande vantagem é a mudança aplicada pelo governo na oferta do visto de permanência. Hoje, o estudante pode ficar no país dois anos após sua graduação. Isso significa a oportunidade de emendar em uma pós graduação, realizar um estágio, ter emprego na área de formação, finalizar uma pesquisa. “É uma grande chance de conhecer o mercado de trabalho britânico e até permanecer empregado por lá”, afirma Liam. Ele reforça que a Bedforshire faz o encaminhamento e oferece assistência para alunos interessados em estágios e emprego, com suporte de conselheiros. E, durante a universidade é possível trabalhar até 20 horas por semana. “Existem muitas ofertas no Reino Unido e o mercado está em busca de jovens”, reforça Liam.

Bolsas de estudo

Criada em 2006, a Bedforshire possui três campi: Luton, Putridgebury e Bedford, cerca de 20.000 estudantes de mais de 120 países, trabalhando com 40 parceiros acadêmicos no Reino Unido e no exterior, oferecendo programas de graduação e pós-graduação, que são ministrados por especialistas líderes em suas áreas. Osprogramas de estudo incluem Faculdade de Artes, Tecnologia e Ciências Criativas (computação e sistemas de informações, mídia, arte e design, e ciência), Faculdade de Educação e Esportes (educação física e ciências esportivas), Faculdade da Saúde e Ciência Social (cuidado agudo da saúde, obstetrícia e saúde infantil, e psicologia) e a Universidade de Bedfordshire de Negócios.

Por questões governamentais, nenhuma universidade no Reino Unido oferece bolsas com 100% do valor, salvo casos especiais ou aplicações diferenciadas. Porém, a Bedforshire tem um valor muito competitivo de mensalidade. Além disso, 65% do valor investido nas primeiras taxas viram bônus e a ajuda de custo para estudantes brasileiros chega a £1500 libras, em qualquer curso de graduação e pós graduação.

Entre os destaques da universidade estão a pós graduação e as pesquisas que derivam dos cursos. Hoje, aUniversidade abriga o Centro Nacional de Pesquisa Cyberstalking, que realizou o primeiro estudo britânico de ciber-perseguição e outras formas de assédio online. Em 2012, ela estabeleceu uma cadeira na UNESCO em novas formas mídias para analisar as tendências no uso de meios eletrônicos, mídias móveis e tecnologias de Internet através da investigação e prática. O Centro tambémforneceu a base para decisões, planos e programas de treinamento do governo do Reino Unido e órgãos oficiais, incluindo o Conselho Nacional de Chefes de Polícia (NPCC). De natureza interdisciplinar, o Centro conta com a experiência de vários especialistas que trabalham em diferentes áreas, incluindo ciência da computação, psicologia, sociologia e direito.

Além de resultados de pesquisa mensuráveis, o Centro foi chamado para aconselhar os formuladores de políticas e parlamentares, forneceu evidências de especialistas convidados com base no relatório do ECHO ao inquérito do Grupo Parlamentar da União da Justiça (JUPG) sobre a perseguição à reforma da lei e se tornou membro do National Stalking Consortium.

Por que estudar fora?

Além da oportunidade de acessar um ensino reconhecido, conhecer novas culturas e deixar o currículo mais competitivo, Liam Stott apresenta outras vantagens para a escolha de estudar fora do Brasil. Entre elas estão:

Experiência
Empregabilidade
Educação de alto padrão
Contato com novas culturas
Habilidades interpessoais – um grande diferencial hoje nas empresas

Como a proficiência em inglês é fundamental, Liam orienta buscar aulas e cursos capazes de preparar os alunos antes de encontrar a universidade. “Isso amplia as possibilidades de ser aceito”, finaliza o recrutador.

 

Cesar Franco

Cesar Franco

Colunista da Revista Dimensão.

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